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VALOR ECONÔMICO: USP cria centro internacional de estudos de administração

Vívian Soares | De São Paulo
27/04/2011

Trinta pesquisadores de oito países criaram, este ano, um novo centro de pesquisas em teoria e estratégia das organizações. Liderado pelas faculdades de economia, administração, engenharia e zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), onde é sediado, o Center for Organization Studies (Cors) tem o objetivo de aprofundar os estudos sobre a dinâmica das empresas e de suas cadeias produtivas.

Segundo Maria Sylvia Saes, coordenadora do Cors, o centro já nasce com parcerias com instituições como a Sorbonne e a Copenhagen Business School (CBS). Esta última, considerada uma referência na linha de pesquisa, serviu de inspiração para o recém-criado grupo, que propõe um enfoque inovador sobre a economia das organizações. “Dentro da comunidade acadêmica, esse é um tema forte e que produz uma literatura robusta. Queremos inserir o Brasil nesse contexto e colaborar para a internacionalização da USP no setor”, diz a coordenadora, que tem o objetivo de conquistar mais parceiros de outras escolas de todo o mundo.

O grupo conta com membros de instituições brasileiras como o Insper, a Fundação Getulio Vargas (FGV), a Unicamp e universidades federais da Bahia e do Mato Grosso do Sul, além de conselheiros de escolas como a tradicional Bocconi, da Itália.

Maria Sylvia afirma que o grupo promoverá pesquisa, treinamentos e divulgação de conhecimento. Além de aprofundar o tema nos cursos de pós-graduação da USP, o Cors pretende realizar cursos de curta duração, organizar palestras com empresários de diversos setores e compartilhar estudos e livros publicados por especialistas do grupo com a comunidade. O primeiro evento, que oficialmente “abriu” a agenda de atividades do Cors, foi a visita do professor Peter Klein, especialista em empreendedorismo da Universidade de Missouri, que fez uma palestra para a comunidade acadêmica da USP, este mês.

Dentro da estrutura de trabalho do Cors, o corpo de pesquisa foi dividido de acordo com os interesses e as atividades acadêmicas de cada docente. Enquanto na linha teórica serão realizados estudos experimentais e confrontos de teorias na área de economia das organizações, na empírica os pesquisadores observarão as dinâmicas das cadeias industriais. Outro campo de estudo do Cors é o de políticas públicas e privadas, onde serão feitas análises sobre concorrência e estratégias das companhias.

Embora seja formado principalmente por acadêmicos oriundos do Pensa, grupo de pesquisa de agroindústria também vinculado à USP, o Cors tem um escopo mais abrangente, de acordo com Maria Sylvia. “A ideia é disseminar estudos com visão interdisciplinar”, afirma a coordenadora, que participou este mês da primeira atividade internacional do novo centro. Ela e outra pesquisadora do Cors foram visitar a Universidade Javeriana, na Colômbia, outra parceira da instituição. O Objetivo era estudar o relacionamento das cadeias produtivas naquele país, especialmente nas indústrias de café e de cacau. “Pretendemos fazer um paralelo com as mesmas atividades no Brasil e contribuir para o estudo aplicado do setor.”

FONTE: VALOR ECONÔMICO

27 de abril de 2011 Posted by | CONJUNTURA | Comentários desativados em VALOR ECONÔMICO: USP cria centro internacional de estudos de administração

BRASIL ECONÔMICO: A mobilização de atores para o desenvolvimento do país

27/04/11 07:32 | Márcia Joppert – Consultora do Instituto Publix

A gestão pública orientada para resultados tem como uma de suas principais ferramentas o monitoramento e avaliação das iniciativas e políticas. Esta prática pode ser relacionada a organizações, programas, projetos, pessoal e processos. Trata-se de estabelecer um juízo sobre o seu desempenho. Pode estar relacionada à responsabilização ou ao aprimoramento dos processos de concepção e implementação de políticas, sendo que cada vez mais o último uso tem sido privilegiado em relação ao primeiro. Tais processos podem ser realizados internamente, pelos próprios empreendedores públicos, por avaliadores externos ou, ainda, de forma mista, maneira que tem sido internacionalmente reconhecida como a mais proveitosa. Os processos de fortalecimento da democracia levam ainda a métodos que contemplam a participação dos envolvidos ou beneficiários das iniciativas. No Brasil, o conhecimento e a prática em monitoramento e avaliação de políticas, programas e projetos são vastos. Entretanto, a maior parte das experiências realizadas e, portanto, o conhecimento está ainda armazenado em centros de pesquisa e ensino ou no acervo pessoal de consultores, com baixa capacidade de disseminação, tornando difícil o acesso por parte dos interessados pelo tema. A importância crescente de tais metodologias reconhecidas como peças chave para melhorar o desenho das iniciativas, o alcance de resultados e a redução de desperdícios e desvios de recursos públicos, fará com que aumente a demanda por tais tipos de conhecimento. Com isso, será necessário também desenvolver uma oferta qualificada de serviços e de desenvolvimento de capacidades, incipientes ainda no Brasil. Vislumbrando a necessidade de desenvolvimento do tema e a sua relação direta com os resultados do desenvolvimento, a Fundação João Pinheiro, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento deram início a uma iniciativa que visava a preencher essa lacuna. Que fosse capaz de mobilizar uma comunidade de interessados, desenvolver capacidades e, ao mesmo tempo, alcançar e sensibilizar as instituições que acumulam experiências na área, realizando uma melhor gestão deste conhecimento. Assim foi criada em dezembro de 2008 a Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação, que conta hoje com 1500 membros oriundos de diversas partes do Brasil e de outros países. São gestores, professores, pesquisadores, estudantes, consultores e instituições unidos por um objetivo comum: fortalecer a cultura de monitoramento e avaliação no Brasil por meio do intercâmbio de experiências e conhecimento e da disseminação informações relativas a M&A, lançando mão uma rede social construída especificamente para este fim. Como uma de suas ações, a Rede promoverá a terceira edição do Seminário Nacional, entre os dias 01 e 03 de junho, em Brasília, incluindo em sua programação workshops e mini-cursos de um dia, onde especialistas e personalidades ligadas à área de gestão pública apresentarão e debaterão temas relacionados a monitoramento e avaliação, bem como suas experiências. O tema deste ano será: “O Monitoramento e Avaliação no Ciclo das Políticas Públicas: um desafio para os novos governos”.

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Márcia Joppert é consultora do Instituto Publix

FONTE: BRASIL ECONÔMICO

27 de abril de 2011 Posted by | GESTÃO PÚBLICA | Deixe um comentário

Neil Young & Pearl Jam!

25 de abril de 2011 Posted by | VÍDEOS | Deixe um comentário

Empresas agora mimam funcionários

por Agência Estado Empregados de vários níveis ganham vantagens adicionais no esforço das companhias para impedir o assédio dos concorrentes A maratona para conseguir preencher uma vaga é apenas um dos desafios das empresas brasileiras. Em tempos de escassez de mão de obra, conseguir manter o profissional, seja ele de qualquer nível (operacional, técnico ou estratégico), é uma conquista diária, afirmam os executivos. “O aliciamento por parte dos concorrentes é muito grande”, afirma Haruo Ishikawa, presidente de uma construtora que leva seu nome. Para fazer frente aos rivais, ele decidiu incrementar o pacote de benefícios aos funcionários. Uma providência foi melhorar o dia a dia dos empregados na obra. Ishikawa fez um refeitório e contratou uma empresa de refeições. Em vez de levar a tradicional marmita, todos os dias, às 7h30 da manhã, os funcionários recebem um cardápio e escolhem o que querem comer no almoço. Há sempre três opções de comida. “Se não fizer nada, vou perder um funcionário que gastei tempo para treinar”, afirma o executivo, que tem contratado profissionais sem experiência. Ishikawa não está sozinho nessa estratégia. Segundo a pesquisa da Fundação Dom Cabral, 78% das companhias consultadas criaram políticas de retenção para os níveis operacional e técnico. Na categoria tática e estratégica, o número é ainda maior: 81% das empresas disseram adotar algum tipo de medida para incentivar a manutenção do quadro de funcionário. Nesse caso, os gestores também apostam na melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, mas investem em bônus em dinheiro, cursos e especializações. Alexandre Constantine, diretor executivo da VoxAge, empresa de tecnologia, diz que o assédio de outras empresas é tão grande que não se pode dar espaço para o funcionário hesitar. “Cerca de 60% dos lucros são distribuídos entre os funcionários, o horário é flexível, temos programa de reconhecimento mensal, sala de jogos, frutas e sanduíches à vontade”, conta o executivo, que há tempos deixou de se basear na formação do candidato para contratá-lo. “Procuramos analisar o perfil das pessoas e qual a capacidade de aprendizado de cada uma.” Na Guascor, empresa de soluções energéticas, um dos incentivos é a política de migração interna. “Nossa estratégia é contratar pessoas sem experiência na base e prepará-las para cargos mais elevados. Isso cria uma motivação grande entre os funcionários”, afirma a diretora de Recursos Humanos da empresa, Etiene Paiva. Além disso, afirma ela, manter um bom ambiente de trabalho conta muito na retenção dos trabalhadores. Fabiana Nunes, da Consultoria Keyassociados, tem a mesma percepção. A empresa, que desenvolve soluções sustentáveis, tem sofrido para encontrar (e manter) profissionais qualificados para a área. Quando consegue, quer segurar de todas as formas. Segundo Paulo Resende, professor da Dom Cabral, a pesquisa revelou que as empresas também têm elevado o nível de alguns benefícios já tradicionais. Os planos de saúde agora estão sendo estendidos a esposas (ou maridos) que não são dependentes. Há ainda pagamento integral de mensalidades escolares e ajuda de custo moradia, “Quando uma pessoa tem de ir para outro Estado, como Rondônia, por exemplo, o pacote de benefício se assemelha ao de um profissional que tinha de trabalhar no Iraque.” Na IBM Brasil, um dos benefícios é o forte treinamento dado pela empresa, que ainda faz grandes exigências para contratar profissionais. Mas ela também teve de tomar medidas preventivas para amenizar o problema da escassez de mão de obra. O executivo de parcerias educacionais da multinacional, Edson Luiz Pereira, conta que uma das medidas adotadas tem sido oferecer cursos para professores de grandes universidades. A estratégia é atualizar os professores que vão formar futuros candidatos a vagas na empresa. A Dell Brasil também tem seguido esse caminho para conseguir qualificar profissionais de acordo com os métodos usados na empresa. Apesar disso, a companhia tem 40 vagas em aberto este mês. “E devemos abrir novas vagas nos próximos meses”, afirma Alexandre Tran, gerente de aquisição da multinacional.

FONTE: FUNDAÇÃO DOM CABRAL

25 de abril de 2011 Posted by | CONJUNTURA | Deixe um comentário

O mercado brasileiro de TI, segundo a FGV

Enviado por luisnassif, sab, 23/04/2011 – 07:39

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http://www.fgv.br/cia/pesquisa/

Resultados da 22a Pesquisa Anual da FGV-EAESP-CIA, 2011 Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas(pdf)
….Segundo a pesquisa, em maio de 2011 existem 85 milhões de computadores em uso no Brasil (corporativo e doméstico). 
Em 2010 vendeu-se 14,6 milhões de unidades: 1 a cada 2 segundos.
Até o início de 2012 será 1 computador para cada 2 habitantes quando atingiremos 98 milhões. Hoje para cada computador temos 2 TVs e 3 telefones, afirma o professor Fernando S. Meirelles (Professor Titular da FGV-EAESP e coordenador da tradicional Pesquisa Anual de TI do GVcia).
Empresas gastam e investem 6,7% da sua receita em TI, valor que dobrou em 14 anos……

Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (GVcia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da Fundação Getulio Vargas (FGV) (19/04/2011)

Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (GVcia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da Fundação Getulio Vargas (FGV) (19/04/2011)

>Sumário de Resultados da Pesquisa/Download: GVpesqTI2011PPT.pdf (450 Kb)

O Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV-EAESP, o GVcia, divulga anualmente um amplo retrato do mercado de Tecnologia de Informação (TI), com resultados de pesquisas do uso nas empresas no Brasil.
Os valores e estudos divulgados comprovam um crescente processo de informatização das empresas e da sociedade. O GVcia é considerado um centro de referência na área e traz em suas pesquisas números inéditos e interessantes, retratando o cenário atual e as tendências desse ambiente, sendo uma valiosa contribuição para os meios empresariais e acadêmicos. Um resumo dos resultados está disponível em 
http://www.fgv.br/cia/pesquisa/

Segundo a pesquisa, em maio de 2011 existem 85 milhões de computadores em uso no Brasil (corporativo e doméstico). 
Em 2010 vendeu-se 14,6 milhões de unidades: 1 a cada 2 segundos.
Até o início de 2012 será 1 computador para cada 2 habitantes quando atingiremos 98 milhões. Hoje para cada computador temos 2 TVs e 3 telefones, afirma o professor Fernando S. Meirelles (Professor Titular da FGV-EAESP e coordenador da tradicional Pesquisa Anual de TI do GVcia).

O levantamento atual é uma ampliação da amostra do estudo para sua 22a edição. A pesquisa foi realizada em 5.000 empresas com 2.148 respostas válidas de grandes e médias empresas.
Empresas gastam e investem 6,7% da sua receita em TI, valor que dobrou em 14 anos.
O Custo Anual por Teclado (Gastos e Investimentos totais no ano dividido pelo número de teclados) subiu para US$ 11.000, em reais cerca de R$ 20.000, um valor próximo ao Custo Anual por Usuário. A Pesquisa quantifica mais dezenas de outros indicadores.
A Microsoft continua dominando a estação de trabalho das empresas com o Windows, Explorer e o Office (91% ou mais). Nos servidores corporativos o Windows tem 67% e o Linux 20% do uso no ambiente operacional. A Oracle tem 36% em Banco de Dados. Os Sistemas Integrados de Gestão (ERPs) da TOTVS, SAP e Oracle, nesta ordem, têm juntos 82% do mercado.
O segmento de apoio ao executivo e à decisão teve grandes mudanças e crescimento, ele reúne: BI, CRM e “novos rótulos ou denominações” ainda não refletidos na taxionomia atual da pesquisa.
Continua chamando a atenção a maturidade do processo de informatização e a estabilidade dos principais indicadores. Em suma, a pesquisa mostra um crescimento, positivo e consistente.
“Temos 85 milhões de computadores em uso no Brasil.”
“No Brasil, para cada computador temos 2 TVs e 3 telefones.”
“1 computador para cada 2 habitantes até o início de 2012.”
“Brasil bem acima da média mundial em PC, TV e telefone.”
“Em 3 anos dobrou o número de PCs no Brasil.”
“Vende-se 1 computador a cada 2 segundos.”
“Microsoft, TOTVS, SAP e Oracle mantiveram ou ampliaram a liderança em seu segmento.”
“FGV divulga pela primeira vez, o uso dos Sistemas Integrados de Gestão (ERPs) por porte das empresas: a SAP está em 50% das maiores e a TOTVS lidera com 54% das menores (30 a 160 teclados) na amostra da 22a Pesquisa Anual do uso de TI.”
“A Microsoft continua dominado a estação de trabalho com Windows, Office e Explorer: 91% ou mais do uso.”
“Linux está estacionado em 20% do uso nos servidores coorporativos há 3 anos.”
“Gasto e investimento em TI continua crescendo e atinge 6,7% da receita nas empresas – valor
dobrou em 14 anos.”
“Um computador custa R$ 20.000 por ano nas empresas.”
Fonte: Prof. Fernando S, Meirelles, 22a Pesquisa Anual, 2011, FGV-EAESP-CIA

clique na imagem para ampliar

 
FONTE: BLOG DO LUÍS NASSIF

25 de abril de 2011 Posted by | CONJUNTURA | Deixe um comentário

BRASIL DE FATO: Carajás 15 anos, o massacre presente

Carajás 15 anos, o massacre presente 

sex, 2011-04-15 13:05 — admin

Aniversário da chacina lembra a necessidade de punição aos assassinos e de tratamento e indenização às vítimas

15/04/2011

Márcio Zonta
de Eldorado dos Carajás (PA)

Ao andar pelas ruas da vila do assentamento 17 de abril em Eldorado dos Carajás, ainda escuta-se muitas histórias sobre a marcha que culminou no massacre da curva do S, na rodovia PA 150, em Eldorado do Carajás, há 15 anos. Os sobreviventes ainda têm dúvidas quanto ao número oficial de mortos divulgados pelo Estado, pois há crianças, homens e mulheres desaparecidos que não estavam na lista dos mortos e, tampouco, foram encontrados depois. As marcas do massacre persistem tanto na simbologia da conquista das cinco fazendas, parte das 15 existentes no complexo Macaxeira, quanto no corpo dos mutilados ou na cabeça de muitos que viveram aquele 17 de abril de 1996.

“Foi a tarde mais sangrenta da minha vida”, recorda Haroldo Jesus de Oliveira, o primeiro sobrevivente a conversar com a reportagem. Quem o vê trabalhando atencioso e calmo na Casa Digital 17 de abril, monitorando jovens e crianças no manuseio da internet, não imagina as recordações que ele guarda. “Acordamos felizes naquela manhã do dia 17, pois o Coronel Pantoja, junto a uma comissão, do então governador Almir Gabriel (PSDB), disse que daria os ônibus para que fossemos até Belém, onde pressionaríamos o governo para desapropriação dessas terras. Inclusive, já tínhamos desobstruído a rodovia na noite anterior, já que esse era nosso acordo, e preparado a alimentação para as famílias que participavam da marcha”, diz Oliveira.

nze horas da manhã venceu o prazo do acordo, e em vez de chegar os ônibus, que levariam cerca das 1,8 mil famílias da marcha, chegou o batalhão da Polícia Militar, o que fez com que as famílias retomassem a estrada. “Eu me lembro como se fosse hoje. Estávamos de prato na mão, almoçando, sob uma chuvinha leve, um sereninho bom. Muitos homens começaram a descer dos ônibus da polícia e montar o acampamento, por volta de três da tarde, e ficaram cerca de 90 minutos preparando-se, como se fossem para uma guerra”, relata Oliveira.

Depois de estabelecidos os policiais no local, a mesma comissão disse que não providenciaria os ônibus e que tinha ordens do governador para retirar as famílias da via. “Nós nunca pensamos que poderia acontecer aquilo. Perto das 17 horas, começaram a jogar bombas de efeito moral contra as pessoas e a atirar no chão. Pessoas tomavam tiros nas pernas e caiam. Mas aqueles que iam para cima, eles atiravam no peito mesmo”. A carnificina começou naquele momento e pelas contas de Oliveira durou cerca de cinquenta minutos.

“Tive que sair pelo chão me arrastando para o miolo de gente junto à água da chuva, que se misturava com sangue, tinha muita gente no asfalto ferida, gritando, chorando…”, lembra emocionado Oliveira.

Premeditado

Amanhece no assentamento 17 de abril e, enquanto, muitos agricultores já estão na roça, as 7h, começa a entrada das crianças na escola que leva o nome de Oziel Alves Pereira, sem-terra de 17 anos espancado até a morte no hospital pelos policiais, por gritar palavras de ordem do MST, na noite do dia 17 de abril, em Curianópolis (PA), para onde foram levados os feridos.

Zé Carlos, companheiro de linha de frente junto a Oziel no dia do massacre, confere a mochila do filho na frente da escola, passa algumas recomendações e o beija ao se despedir. Sobre o dia da chacina, que lhe custou uma bala alojada na cabeça e a perda de um olho, Zé Carlos é enfático: “utilizaram-se de táticas de guerra”. Zé lembra que um caminhão que estava parado na estrada, por causa do bloqueio, foi oferecido às famílias como proteção. “O motorista chegou e disse: ‘vou atravessar esse caminhão na pista para ajudar vocês’. Mas estranhamente toda a ação policial iniciou-se atrás desse veículo, sendo o escudo principal deles, tapando nossa visão. Foram os policiais que pediram”, garante.

Zé conta que os policiais vinham do sentido de Parauapebas e Marabá, ambas cidades paraenses interligadas pela rodovia, além dos que saíam do meio da mata dos dois lados da pista. “Nos cercaram para matar mesmo, pois vinham de todas as direções atirando”. Segundo Zé, é difícil para quem esteve no dia aceitar o número de apenas 21 mortos ditos pelo Estado.“Isso é brincadeira. Morreu muita gente, entre homens, mulheres e crianças. Vi muita gente morta, não pode ser, Tenho até medo de falar, deixa isso para lá. Mas garanto que foi muito mais”.

Ao apagar das luzes

Como se um espetáculo tivesse acabado, ao anoitecer no dia 17 de abril, as luzes do município de Eldorado do Carajás foram apagadas e seu cenário de morte, desmontado. Essa é a sensação que teve a jovem Ozenira Paula da Silva, com 18 anos na época do acontecido. “Apagaram as luzes para desmontar o que tinham feito, para limparem a via. Jogavam corpos e mais corpos em caçambas de caminhão, que tomavam rumos diferentes”.

Após os primeiros disparos, Ozenira só teve tempo de pegar os seus três filhos, todos com menos de cinco anos, e correr para a mata ao lado, percebendo momentos depois que tinha sido baleada na perna esquerda, na altura da coxa. “Tinha muita gente escondida na mata, próximo às margens da rodovia e foi justamente essas pessoas que viram muitos corpos sendo desviados para fora do caminho do Instituto Médico Legal (IML), de Marabá, para onde eram levados os mortos”.

Ozenira diz que algo lhe intriga até hoje. “Depois que terminou a matança, uma criança branquinha de uns dois anos foi achada na escuridão do mato, aos prantos, por uma mulher que procurava seus familiares. Essa mulher a recolheu. Sei que essa criança viveu com ela bastante tempo em Curianópolis, mas depois perdi o contato”.

Onde estariam os pais da criança naquela noite? Ozenira responde: “Não tenho como provar, mas tenho quase certeza que estavam em algum caminhão de remoção de cadáveres”, finaliza.

O massacre continua

Poucos mutilados receberam seus direitos de indenização e até hoje, quinze anos depois, muitos nem recebem a pensão mensal de R$346. Ozenira é uma delas. “Fui atendida no hospital apenas no dia do acontecido, depois nunca mais tive atendimento médico, tenho dias de dores horríveis e outros de dormência na perna”, conta.

Já Zé, hoje aos 32 anos, foi um dos únicos a receber, em 2008, uma indenização de R$ 85 mil reais, mais a pensão mensal no valor citado acima. Hoje vive do que seus irmãos plantam em seu lote, já que tem dificuldades para trabalhar em função das sequelas do tiro na cabeça.

Mas, um caso em especial entre os mutilados chama a atenção. Mirson Pereira, um dos únicos que conseguiu uma cirurgia, no Hospital Regional de Marabá, para retirar uma bala alojada na perna esquerda. “Pensei que seria o fim das dores, mas quando voltei da sala de cirurgia o médico disse que havia errado e feito o corte na perna errada, disse que no outro dia realizaria o procedimento na perna certa, mas desisti, fiquei com medo e saí do hospital”. Pereira continua com a bala na perna e ainda aguarda sua indenização.

O descaso do Estado brasileiro em relação ao massacre de Eldorado dos Carajás já gerou contra o governo um processo, em 1998, na Corte Interamericana de Direitos Humanos, com sede nos Estados Unidos, feita pelo Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL). “O governo brasileiro agiu de duas formas quando foi notificado pela entidade internacional. Primeiramente, culpou os próprios marchantes pelo ocorrido e, num segundo momento, por força da opinião pública, disse que já fazia coisas no assentamento, o que compensava o ocorrido”, explica Viviam Holzhacker, advogada assistente da CEJIL, que acompanha o caso.

No entanto, por pressão internacional, a advogada diz que o governo brasileiro aderiu a um processo, recentemente, de buscar acordo com os mutilados. “São feitas propostas de ambos os lados até chegar a um acordo. Deve levar mais uns cinco anos para ser resolvido o caso de todos”, explica.

Diante deste imbróglio, na ausência de um tratamento médico adequado que cuide do corpo e da mente dos participantes da marcha, Índio, um dos mutilados, com duas balas alojadas na perna esquerda desabafa: “Aconteceu o massacre em 1996. Mas ele terminou? Não! Pois esse grupo [do assentamento] ficou apenas porque o Estado não deu conta de matar no dia. Ficamos para contar a história, sofrer e ir morrendo aos poucos num massacre diário, que só terminará por completo com nossa morte”.

http://www.brasildefato.com.br/node/6102

FONTE: BLOG DO LUÍS NASSIF

19 de abril de 2011 Posted by | CONJUNTURA | Deixe um comentário

INEP: Inep contrata instituições federais para realizar pré-teste de avaliação internacional

O Inep irá celebrar termo de cooperação com uma Instituição Federal de Educação Superior ou com um instituto de pesquisa público federal para realização do pré-teste da edição de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). O Pisa é um programa internacional de avaliação de desempenho escolar, realizado a cada três anos. É coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organização internacional que reúne os países mais desenvolvidos do mundo. Embora o Brasil não faça parte da OCDE, o país participa do Pisa como convidado desde sua primeira edição, em 2000.

No Brasil, o PISA é coordenado pelo Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, que agora pretende selecionar universidades federais para participarem de etapas da aplicação da prova. A chamada pública assinada pela presidente da autarquia, Malvina Tuttman, no último dia 23, convida as IFES a apresentarem projeto de implementação do pré-teste em âmbito nacional. Para isso, deverá ser assinado um termo de cooperação, em que o Inep repassará um valor de até R$ 830.739,37 para a instituição para gastos de custeio.

A IFES selecionada deverá executar todas as etapas de aplicação e codificação do pré-teste do Pisa 2012, conforme as determinações do Consórcio Internacional que administra o programa. As atividades a serem realizadas, segundo o projeto básico, incluem elaboração de plano logístico de aplicação e contato com as escolas; diagramação, impressão, organização, embalagem e distribuição do material de aplicação; contratação e treinamento dos aplicadores para o pré-teste; aplicação do pré-teste; avaliação; transporte das provas; correção da prova; codificação das questões de resposta do questionário socioeconômico; elaboração de relatório técnico final e armazenamento do material utilizado até Junho de 2012.

As instituições interessadas deverão apresentar proposta assinada pela autoridade máxima da instituição em papel e em CD-ROM até 15 dias após a publicação do edital no Diário Oficial da União. As propostas deverão ser entregues no setor de protocolo do Inep, endereçadas à Diretoria de Avaliação da Educação Básica – Inep – SRTVS 701 Quadra 03 Bloco M 3º andar 70340-909 – Brasília, DF.

Confira aqui o edital e o projeto básico.

FONTE: INEP

13 de abril de 2011 Posted by | OPORTUNIDADES, TREINAMENTO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO | Deixe um comentário

TOWERS & WATSON CONSULTORIA: Criando um Modelo Sustentável para a Gestão de Talentos e Recompensas

Pesquisa Global sobre Gestão de Talentos e Recompensas – 2010

Pesquisa Towers Watson: Estudo Global sobre Gestão de Talentos e Recompensas 2010Alguns de nossos principais resultados:

Empresas em diferentes regiões adotaram estratégias diferenciadas para cortar e gerenciar custos.

Embora a maior parte das empresas tenham globalmente realizado atividades visando o corte ou gerenciamento de custos, a pesquisa apontou diferenças regionais significativas na natureza e na extensão de tais ações. As organizações nos Estados Unidos tenderam a tomar medidas mais agressivas do que as tomadas por empresas em outras partes do mundo – mais de 60% realizaram quatro ou mais ações para cortar custos.

Empresas indicam dificuldade na atração e retenção de talentos.

As diferenças no ambiente de negócios refletiram-se também nas dinâmicas de oferta e procura de mão-de-obra nos mercados locais e nas experiências de atração e retenção das empresas. Se, por um lado, quase dois terços dos participantes da pesquisa reportaram que tiveram dificuldades para atrair empregados com habilidades críticas, esta proporção apresenta uma grande variação — de quase 80% na Ásia e no Brasil até aproximadamente 50% nos Estados Unidos, Espanha e Irlanda.

Motivos para Ingressar em uma Empresa

Ranking* Visão da empresa Visão do empregado
1 Salário base competitivo Salário base competitivo
2 Reputação da organização como um ótimo lugar para se trabalhar Trabalho desafiador
3 Trabalho desafiador Localização conveniente
4 O negócio/setor da organização Oportunidades de crescimento profissional
5 Oportunidades de aprender novas habilidades Férias/feriados/folgas remuneradas
6 Oportunidades de crescimento profissional Reputação da organização como um ótimo lugar para se trabalhar
7 Saúde financeira da organização Horário flexível

* Ranking –  representa a frequência com que o item foi selecionado como um dos cinco principais motivos pelos quais um empregado ingressaria na empresa, dentre uma relação contendo 26 itens. Os dados relativos aos empregados são da Pesquisa Global da Towers Watson sobre a Força de Trabalho 2010 (2010 Towers Watson Global Workforce Study).

Empresas e empregados concordam que as oportunidades de desenvolvimento de carreira e remuneração são fatores importantes na atração e retenção de empregados.

Entretanto, as empresas não dão a devida importância ao papel representado pela segurança e bem-estar dos empregados – tanto atualmente quanto após a aposentadoria – na decisão destes a respeito de deixar suas organizações ou permanecer nelas. Muitos empregados hoje sentem maior responsabilidade pelo gerenciamento de suas carreiras e aposentadoria, ficando cada vez mais propensos a serem influenciados por ofertas de emprego que incluem (maior) renda na aposentadoria, mais segurança, melhor equilíbrio entre vida pessoal/trabalho ou contratos de trabalho mais flexíveis.

Assim, para atrair, reter e engajar seus empregados, as organizações precisam planejar e desenvolver uma proposta de valor sustentável e esta deve ser flexível o suficiente para manter-se vital ao longo de todo o ciclo econômico.

As empresas também podem realizar ações específicas para aprimorar seus programas de gestão de talentos e recompensas:

  • Diferenciando as recompensas recebidas por empregados que apresentam melhor desempenho daquelas recebidas pelos de desempenho médio; 
  • Desenvolvendo e comunicando uma proposta formal de valor para os empregados;
  • Fazendo com que os programas de recompensas e gestão de talentos sejam consistentes em toda a empresa;
  • Desenvolvendo competências de liderança focadas no negócio;
  • Aumentando a ênfase dada à gestão de desempenho, à liderança e ao treinamento e desenvolvimento dos empregados.

TMR-Survey-Report_PORTUGUESE

FONTE: TOWERS &  WATSON CONSULTORIA

13 de abril de 2011 Posted by | REMUNERAÇÃO ESTRATÉGICA | Deixe um comentário

ABRI A PORTA – A Cor do Som

13 de abril de 2011 Posted by | MÚSICAS | Deixe um comentário

BRASIL ECONÔMICO: Renda e qualificação

13/04/11 07:28 | Cláudio Conz – Presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco)

De grande relevância é o estudo feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre a carência de mão-de-obra na construção civil. De acordo com a pesquisa, o salário baixo e a condição geralmente precária de trabalho estão desestimulando os jovens a procurarem emprego na construção civil.

A renda média do trabalhador foi de R$ 933,24 em 2009, 14,7% menor do que a renda dos empregados em outros setores, que é de R$ 1.094,27. 

Para alguns especialistas, as empresas terão de melhorar os salários para atrair o trabalhador. Apontar como razão para a falta de candidatos os baixos salários é verdade, mas é baixo para quem? De qual ponto de vista estamos olhando?

A presidenta Dilma tem realçado o seu compromisso à exaustão para erradicação da miséria dos nossos 17 milhões de brasileiros que ainda vivem abaixo da linha de pobreza. Para eles, estes salários “baixos” os transformariam em classe C pela classificação de renda.

Temos de lembrar sempre que a construção civil, entre os diversos setores da economia, é a maior qualificadora de mão-de-obra não qualificada.

Basta ver o aproveitamento que se está dando, em um trabalho coordenado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) para a mão-de-obra excedente do corte da cana-de-açúcar, gerada pela modernização do sistema.

Estima-se que apenas 10% da força de trabalho estará ativa nesta mesma atividade nos próximos 5 anos; então temos trabalhado para seu aproveitamento na construção civil. Os resultados da migração destes trabalhadores para o nosso setor têm sido muito positivos.

Eles tiveram um salto considerável em sua remuneração, além de melhoria nas condições de trabalho e nos benefícios e oportunidades em geral.

Mas isso não é tudo. A Câmara Brasileira da Construção (CBC) tem mostrado a forte entrada das mulheres no canteiro de obras, com enormes ganhos de qualidade no trabalho.

Para elas, muitas vezes oriundas da área de serviços gerais e na informalidade, este emprego com carteira assinada e suas perspectivas estão transformando a vida destas pessoas.

Segundo alguns números oficiais, temos mais de 7 milhões de pessoas recebendo o seguro-desemprego e mais outros 11 milhões recebendo o Bolsa Família, uma vez que tecnicamente estes números não podem ser somados.

E o setor com a maior oportunidade de qualificar mão de obra não qualificada está com dificuldades por oferecer salários iniciais equivalentes a 2 salários mínimos.

Nosso setor tem realizado algumas iniciativas no sentido da qualificação profissional. Um deles é um programa que a Anamaco tem apoiado desde seu início, com o sugestivo nome de Doutores da Construção, que já treinou 54.385 profissionais, entre pedreiros, instaladores hidráulicos e pintores e outros.

Só em 2010, foram treinados 11.342 novos profissionais, promovendo uma efetiva melhoria de renda e sem qualquer recurso governamental (FAT, Sebrae, etc). Este é um modelo eficaz.

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Cláudio Conz é presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco)

FONTE: BRASIL ECONÔMICO

13 de abril de 2011 Posted by | CARREIRA | Deixe um comentário