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VALOR ECONÔMICO: USP cria centro internacional de estudos de administração

Vívian Soares | De São Paulo
27/04/2011

Trinta pesquisadores de oito países criaram, este ano, um novo centro de pesquisas em teoria e estratégia das organizações. Liderado pelas faculdades de economia, administração, engenharia e zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), onde é sediado, o Center for Organization Studies (Cors) tem o objetivo de aprofundar os estudos sobre a dinâmica das empresas e de suas cadeias produtivas.

Segundo Maria Sylvia Saes, coordenadora do Cors, o centro já nasce com parcerias com instituições como a Sorbonne e a Copenhagen Business School (CBS). Esta última, considerada uma referência na linha de pesquisa, serviu de inspiração para o recém-criado grupo, que propõe um enfoque inovador sobre a economia das organizações. “Dentro da comunidade acadêmica, esse é um tema forte e que produz uma literatura robusta. Queremos inserir o Brasil nesse contexto e colaborar para a internacionalização da USP no setor”, diz a coordenadora, que tem o objetivo de conquistar mais parceiros de outras escolas de todo o mundo.

O grupo conta com membros de instituições brasileiras como o Insper, a Fundação Getulio Vargas (FGV), a Unicamp e universidades federais da Bahia e do Mato Grosso do Sul, além de conselheiros de escolas como a tradicional Bocconi, da Itália.

Maria Sylvia afirma que o grupo promoverá pesquisa, treinamentos e divulgação de conhecimento. Além de aprofundar o tema nos cursos de pós-graduação da USP, o Cors pretende realizar cursos de curta duração, organizar palestras com empresários de diversos setores e compartilhar estudos e livros publicados por especialistas do grupo com a comunidade. O primeiro evento, que oficialmente “abriu” a agenda de atividades do Cors, foi a visita do professor Peter Klein, especialista em empreendedorismo da Universidade de Missouri, que fez uma palestra para a comunidade acadêmica da USP, este mês.

Dentro da estrutura de trabalho do Cors, o corpo de pesquisa foi dividido de acordo com os interesses e as atividades acadêmicas de cada docente. Enquanto na linha teórica serão realizados estudos experimentais e confrontos de teorias na área de economia das organizações, na empírica os pesquisadores observarão as dinâmicas das cadeias industriais. Outro campo de estudo do Cors é o de políticas públicas e privadas, onde serão feitas análises sobre concorrência e estratégias das companhias.

Embora seja formado principalmente por acadêmicos oriundos do Pensa, grupo de pesquisa de agroindústria também vinculado à USP, o Cors tem um escopo mais abrangente, de acordo com Maria Sylvia. “A ideia é disseminar estudos com visão interdisciplinar”, afirma a coordenadora, que participou este mês da primeira atividade internacional do novo centro. Ela e outra pesquisadora do Cors foram visitar a Universidade Javeriana, na Colômbia, outra parceira da instituição. O Objetivo era estudar o relacionamento das cadeias produtivas naquele país, especialmente nas indústrias de café e de cacau. “Pretendemos fazer um paralelo com as mesmas atividades no Brasil e contribuir para o estudo aplicado do setor.”

FONTE: VALOR ECONÔMICO

27 de abril de 2011 Posted by | CONJUNTURA | Comentários desativados em VALOR ECONÔMICO: USP cria centro internacional de estudos de administração

BRASIL ECONÔMICO: A mobilização de atores para o desenvolvimento do país

27/04/11 07:32 | Márcia Joppert – Consultora do Instituto Publix

A gestão pública orientada para resultados tem como uma de suas principais ferramentas o monitoramento e avaliação das iniciativas e políticas. Esta prática pode ser relacionada a organizações, programas, projetos, pessoal e processos. Trata-se de estabelecer um juízo sobre o seu desempenho. Pode estar relacionada à responsabilização ou ao aprimoramento dos processos de concepção e implementação de políticas, sendo que cada vez mais o último uso tem sido privilegiado em relação ao primeiro. Tais processos podem ser realizados internamente, pelos próprios empreendedores públicos, por avaliadores externos ou, ainda, de forma mista, maneira que tem sido internacionalmente reconhecida como a mais proveitosa. Os processos de fortalecimento da democracia levam ainda a métodos que contemplam a participação dos envolvidos ou beneficiários das iniciativas. No Brasil, o conhecimento e a prática em monitoramento e avaliação de políticas, programas e projetos são vastos. Entretanto, a maior parte das experiências realizadas e, portanto, o conhecimento está ainda armazenado em centros de pesquisa e ensino ou no acervo pessoal de consultores, com baixa capacidade de disseminação, tornando difícil o acesso por parte dos interessados pelo tema. A importância crescente de tais metodologias reconhecidas como peças chave para melhorar o desenho das iniciativas, o alcance de resultados e a redução de desperdícios e desvios de recursos públicos, fará com que aumente a demanda por tais tipos de conhecimento. Com isso, será necessário também desenvolver uma oferta qualificada de serviços e de desenvolvimento de capacidades, incipientes ainda no Brasil. Vislumbrando a necessidade de desenvolvimento do tema e a sua relação direta com os resultados do desenvolvimento, a Fundação João Pinheiro, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento deram início a uma iniciativa que visava a preencher essa lacuna. Que fosse capaz de mobilizar uma comunidade de interessados, desenvolver capacidades e, ao mesmo tempo, alcançar e sensibilizar as instituições que acumulam experiências na área, realizando uma melhor gestão deste conhecimento. Assim foi criada em dezembro de 2008 a Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação, que conta hoje com 1500 membros oriundos de diversas partes do Brasil e de outros países. São gestores, professores, pesquisadores, estudantes, consultores e instituições unidos por um objetivo comum: fortalecer a cultura de monitoramento e avaliação no Brasil por meio do intercâmbio de experiências e conhecimento e da disseminação informações relativas a M&A, lançando mão uma rede social construída especificamente para este fim. Como uma de suas ações, a Rede promoverá a terceira edição do Seminário Nacional, entre os dias 01 e 03 de junho, em Brasília, incluindo em sua programação workshops e mini-cursos de um dia, onde especialistas e personalidades ligadas à área de gestão pública apresentarão e debaterão temas relacionados a monitoramento e avaliação, bem como suas experiências. O tema deste ano será: “O Monitoramento e Avaliação no Ciclo das Políticas Públicas: um desafio para os novos governos”.

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Márcia Joppert é consultora do Instituto Publix

FONTE: BRASIL ECONÔMICO

27 de abril de 2011 Posted by | GESTÃO PÚBLICA | Deixe um comentário